Azedume
Eu queria olhar nos olhos castanhos que tanto amo
e enxergar neles as respostas que você nunca dará. Queria poder te abraçar e deixar que nossos corpos conversassem enquanto mudas
sentiríamos tudo que poderíamos viver, mas não vamos mais...
Eu não sei exatamente o que eu esperava quando decidi ir
atrás de você e me aproximar. Talvez eu tenha te amado
desde a primeira vez que te vi. Ou inconscientemente tenha visto em você, o
amontoado de coisas que faltavam na minha vida. E te quis pretensiosamente... pra mim!
Às vezes, a gente se sente impotente diante das
circunstâncias que nos afastam de tudo que amamos. A gente quer muito, mas o
corpo dá sinais que não consegue mais lutar. Então, a gente descansa. E a gente
já não sabe se descansa por estar exausto, ou se para desistir. Porque quando
tudo já foi dito e feito... O que nos resta além de DEIXAR IR?! E essa é uma das provas mais
sofridas que a vida nos submete. E se conseguirmos atravessá-la ainda que com partes insubstituíveis faltando, ganhamos a alcunha de vence(dor).
A gente nunca sabe quando será a última vez! O último beijo ou o último abraço... Não tem como saber.
Quando uma história de amor acaba, acho que sempre fica
aquele nó na garganta. Um azedume no peito de quem não teve tempo
suficiente pra amar e amado ser. Por escolha, imoralidade do destino
ou falta de luta. Fica aquele ranço no peito por toda a imensidão que poderia
ter sido e não foi. E, talvez, nunca mais será.
No fundo eu não queria ser página virada na sua vida. Mais
uma história esquecida, que um dia vão perguntar por curiosidade pra você.
Esse texto não tem fim. Espero que o nó(s), SIM!