Like a skyscraper

“O vômito é terapêutico. Às vezes para se livrar de algo que faz mal a você, é preciso colocar pra fora.”  


Epifanias são mágicas, não? 

Há dias que não como direito. Não sei se por conta da virose ou dos últimos acontecimentos. Tenho andado um pouco apática, febril e com náuseas agudas. A soma disso é um profundo e nítido cansaço. Lembro-me da infância, de quando o meu pai me aconselhava a pôr pra fora (quando algum alimento não caia bem no estômago) e eu hesitava. Sempre tive medo de vomitar, confesso! (Você deve estar se perguntando o que um vômito tem a ver com esse texto, já que vômitos, náuseas, viroses e afins – não são nada literários). Eu explico:





Às vezes, para melhorarmos de algo que nos fez/faz mal, é preciso pôr pra fora. Faz-se necessário livrar-se de toda indigestão, toda porcaria, tudo aquilo que ocasionou o seu mal-estar. Pessoas, lugares, momentos, situações, músicas... Compreende? Ninguém gosta de estar doente ou se sentir vulnerável a coisa alguma. Por isso, é preciso deixar o medo de lado e compreender que aquilo simplesmente não cabe mais em sua vida. Entende? Assim como o vômito é imprescindível (mesmo que você tenha horror a ele, como eu, rs) para a limpeza do sistema gastrointestinal, livrar-se de pessoas e/ou coisas que nos causam indisposição, angústia, tristeza ou qualquer outro sentimento negativo – também é. E... Você foi o meu mal-estar. Digo isso (hoje) sem lágrimas. Não é e nunca foi você, hoje eu digo isso por/pra mim. E quando é que a gente descobre que já é hora de partir e/ou deixar partir, hein? Quando é que a gente aceita que é preciso deixar pra lá, deixar estar, chorar o que tiver pra chorar e recomeçar? É que às vezes a gente sabe qual o caminho certo e o caminho errado – e continua fazendo tudo igual. Vai entender? A gente acha que tudo depende da nossa vontade de fazer dar certo, de brigar pra dar certo, de batalhar... Mas eu aprendi que não. Insistir é bem diferente de perseverar. E cansa, sabe? Insistir no que não é pra ser, só rouba tempo e energia da gente. Só impede que a gente busque novos caminhos, novas descobertas, novas escolhas.

“Numa busca, procurar encontrar não é o suficiente. É preciso procurar encontrar NO LUGAR CERTO. Quem busca prata onde só há lataria, nunca conseguirá encontrar outra coisa além de frustração.”

E isso nem é pessimismo. É sobriedade. É dentro da gente, que habita a força necessária para permitir que o mundo faça o que ele sabe de melhor... Dar voltas. É preciso deixar que a vida siga... Porque ela já seguiria. Por ela mesma. Ainda que sem a gente. :)


“ Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim.”




Se eu não tivesse caído tanto, se eu não tivesse me permitido acreditar no outro e viver intensamente tudo aquilo em que eu acreditava, eu não seria a mulher que eu sou hoje. E cara, eu tenho muito orgulho da grande mulher que eu sou hoje. 







Que os tombos que eu levo na vida, continuem me fortalecendo e me tornando um ser humano melhor. 


Amém!

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