A melhor resposta é ser feliz.


Tentar descobrir o que a gente realmente sente é uma das coisas mais difíceis que a gente pode fazer. Porque quando a gente descobre o que a gente quer de verdade, vai ter que aprender a lidar com isso. Continuar fingindo soberania e imparcialidade é muito mais fácil. Culpabilizar os outros é muito mais digesto. Mascarar com um band-aid é muito menos doído. Mas não é o melhor. Mascarar uma ferida, às vezes só contribui para que ela inflame e permaneça aberta por muito tempo. Nem tudo se resolve com o tempo. Nem tudo se esquece fingindo que está tudo certo ou que vai ficar tudo bem. Às vezes para que se possa curar é necessário tratar. Eu sei que às vezes a gente se entristece... Com a vida, com as pessoas, com o resultado das nossas escolhas... Com Deus. A gente se pergunta: "Porque não pode ser diferente?!", "Será que não tinha outro jeito?!". E sofre, e se frustra e lamenta, pragueja e amaldiçoa o universo, porque acha que é assim que vai conseguir superar e lidar com a dor e o vazio que ficou... Mas não vai. Quando a gente é obrigado a desistir daquilo que a nossa alma mais anseia, quando a gente perde algo que amamos, a melhor resposta é ser feliz. Sei que na teoria tudo é bem menos complicado que na prática, mas, é resignando-se, juntando os cacos e seguindo em frente, que a gente valoriza o tempo que nos resta na terra. A melhor resposta é ser feliz. 

*

— É possível um rio secar completamente?
— Claro que é.
— Mas será que ele não enche depois? Nunca mais?
— Alguns sim, outros não.
— Mas nunca mais?
— Sei lá, acho que não.
— Você tem certeza?
— Certeza eu não tenho. Só estou dizendo que acho. Afinal não sou nenhuma especialista em matéria de rios, secos ou não.
— Sabe?
— O quê?
— Eu tinha esperança que o rio voltasse a encher um dia.

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