De reviravoltas e recomeços.

Tentei dormir, mas não consegui. Tanta coisa aconteceu nessas últimas semanas... Silenciei. Tanta reviravolta, tanto redemoinho, tanta ventania... Tempestades que não passam. Pára raios quem não tem? E eu nunca quis ser como o poeta que envelhece escrevendo lendas de amor que não existem. Vezenquando a vida me cobra os anos que eu perdi vivendo sozinha um amor que nunca existiu... E eu lamento. Profundamente. Que tenha sido por você, todas as minhas lágrimas. Que eu tenha guardado pra você, os meus sorrisos mais sinceros e todos os planos de menina. Eu estive adormecida por tempo demais, mas agora eu estou acordada. Eu queria saber antes, tudo que eu sei hoje. Eu não teria me entregado, eu não teria me curvado. Mas não tem nada não. A vida dá voltas, e disso a gente até se esquece. E o que é pra ser nosso, o destino não deixa ir pra muito longe, não.

Eu já não sei sobre o que é esse texto. Se é sobre toda bagagem de mágoas suas, que eu carrego comigo pra todo lugar onde vou. Sobre o vazio que esse não-mais-amor deixou. Ou se é, sobre o amargo... Que a tua boca de tanto beijar outras bocas, deixou em mim. Vontade nula de continuar escrevendo esse texto. Vontade nula de continuar fazendo desse blog, a sua moradia. Acho que nós dois tivemos o bastante e chegou a hora de escolher outras estradas... Recomeços. Eu quero escrever sobre outras coisas, mesmo que pareça clichê ou piegas. Eu quero apreciar outros sabores, cores, mãos e abraços. Eu quero tecer novos sonhos, abrigar outros amores e andar, sem ser sempre na calçada. Eu quero me olhar no espelho, sem procurar o que restou de mim, de você, de nós.

Eu quero esquecer... Você, suas mentiras, sua ladainha, suas fantasias, sua desonra, suas trapaças, suas meninas. É muito tarde para falar sobre amor e muito cedo para falar em perdão. Então eu me calo, e junto todos os cacos, do meu coração. E pinto, e colo, e bordo. Quem sabe um dia, eu dou de presente, para uma outra pessoa? Alguém bem diferente e melhor que você. São escolhas, são pesadelos, são rancores, são destinos, é passado. A gente escolhe, a gente sofre, a gente se arrepende (ou não), a gente vive.

Eu digo e repito (pra mim mesma e quiçá para você): O universo nos devolve aquilo que julgamos merecer. Se a gente aceita migalhas, não pode esperar ter refeição. Se a gente aceita POUCO ou QUASE NADA, não pode esperar que o universo nos presenteie com algo imensamente melhor. Libertar-se daquilo que não nos faz bem, é sabedoria. É permitir que aquela pessoa, aprenda de uma outra forma, com outras pessoas. Às vezes a gente mata a plantinha, porque pôs água demais nela. É preciso ter paciência... paciência... As coisas florescem no tempo de Deus, não no nosso tempo. Eu sei... É difícil, é angustiante, mas passa. Aceite suas perdas, sofra por elas, chore, se lamente, mas por favor, sacuda a poeira e DEIXE IR! Aprenda com a experiência, tire uma lição, esboce um sorriso e siga adiante. O mundo se reorganiza e a gente se cura. EU SEI! As pessoas são o que são. Ou você aceita e segue com elas, ou não aceita e segue sem elas. Às vezes, você acha que "perde" aqui, mas bem ali na frente, Deus, mostra o contrário, sabe? Afinal, o que não é pra ser, TAMBÉM, tem muita força.

"Não existem segundas chances, porque nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado. Não existe segundas chances quando um coração é magoado. Não existe outras oportunidades para algo que se deixou passar."

Só encontramos a serenidade, quando o que desejávamos profundamente, não nos interessa mais. :)

Em paz, Cara... Em paz.



"Vou pôr meu orgulho e honra na mala,
acho que já tive o bastante disto.
Sopre-me um último beijo."

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