Superego ou simplesmente, escolhas.

"E se eu tivesse escolhido uma outra vida pra mim? Ou outra pessoa? E se a gente nunca tivesse se encontrado? E se... ? E se...?" (Grey's Anatomy, 8x13)

Outro dia, esbocei alguns planos de estudo, para compreender os experimentos de Pavlov e as apostilas intermináveis do tal Concurso. A gente costuma a sobrecarregar tanto o nosso cérebro com trabalho e/ou estudos, que acabamos deixando de lado e/ou adiando, alguns sonhos e projetos tão importantes quanto antigos, já empoeirados no sótão da nossa memória. E é engraçado como o Superego condiciona o nosso Ego, a não se desviar dos padrões corretos, tampouco, deslocar a atenção, para qualquer outro estímulo menos racional. E foi no meio de toda essa loucura cotidiana, que me dei conta que não é só com a carreira internacional, ou o salário de quatro dígitos, com o carro e a casa dos sonhos – que me tornaria a mulher mais feliz do mundo. O que me tornaria, excepcionalmente, feliz e realizada, é uma família... Mais bonita do que a que eu tive quando criança. Mais sólida. 

Quero levar os meus filhos para escola. Quero perguntar como foi o dia deles. Quero poder ajudá-los com a lição de casa. Quero levá-los a escola. Quero brincar de esconde-esconde, amarelinha, futebol e bicicleta. Quero contar um monte das minhas histórias, quero ouvir as histórias deles. Quero cantar pra eles antes de dormirem, quero exorcizar o bicho papão que mora debaixo da cama e que se esconde dentro do armário. Quero brigar com a “Tia” da escola por qualquer motivo que seja. Quero chorar, chorar muito, nas homenagens da escolinha. Quero abraçá-los. Quero tomar banho de mangueira, quando formos lavar o carro ou der banho do cachorro. Quero ensiná-los a ler, a crescer, a amadurecer. Quero levar no parquinho, brincar de gangorra, empurrar o balanço. Quero ensinar a amarrar o cadarço ou a fazer trancinhas. Quero levar para os avós. Fingir que fico brava com a mãe, porque ela sempre mima demais e gargalhar dos ensinamentos pra lá de rústicos do pai. Ando com vontade de reviver essas coisas. Esse frio na barriga, esse medo e anseio... =)

Sensação de amar imensuravelmente, os filhos que são meus, sem nunca terem sido, ou nunca terem tido a chance de nascer. =/ Sensação de que os quero, com toda a força que existe em mim, sempre e mais, a cada dia. Sensação de que deve ser incrível ser mãe... 

E é engraçado como o Superego condiciona o nosso Ego, a não se desviar dos padrões corretos, tampouco, deslocar a atenção, para qualquer outro estímulo menos racional. E o Superego me pede pra eu ter calma, que não é a hora, que não é o momento, e eu obedeço. Porque ainda existem outras coisas, porque a vida real é diferente do mundo dos sonhos. Então eu espero. E batalho. Para que eu alcance profissionalmente todos os projetos que almejo, e para que lá na frente, eu possa ser uma mulher grandiosa, a qual os meus filhos se orgulhem demasiadamente em chamar de “MÃE!”. 

(Mas, e qual seria o seu caminho se simplesmente tivesse percorrido trilhas diferentes?)

"Nós criamos nosso próprio destino. E é exatamente o que eu vou fazer. Faça você também." (Grey's Anatomy, 8x13)



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