Fuga e negação




Luiza Possi, aqui :)



Ela sentia a negação na carne e doía. Ela sentia, mas não tinha autorização dos deuses, não podia – ou talvez, ela se apoiasse na vontade deles para fugir. Às vezes a gente sente, mas não consegue explicar - não sabe o quanto desse sentimento é real e o quanto a gente inventa. E quando é que a gente aceita que por maior que fosse o sentimento, a consequência de todo esse ardor, significava mesmo é muito pouco? Ela se sentia confusa, era confusa. Não fazia sentido. 



“Mas então se lembrava: 
Fugir desses momentos através da lógica, 
é transformar a vida em estatística”. 
(Suspiros.) 

Mas ela fugia. Ela escondia. Ela negava. Ela mentia. E quando o sono vencia a madrugada sempre tão turbulenta, ela amanhecia mais leve... assim.

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