Serendipity

Ouvindo, Revelação aqui :)


Eu sei que há uns meses fui tão apaixonada por alguém, que achei que não ia passar nunca mais. E hoje quando me perguntaram o que aconteceu com nós e se tenho sabido de você, dei de ombros. Porque eu nem estava a fim de falar sobre isso e arrumar minhas malas pra Bahia era tão mais importante... Tentei dissimular o desprezo, a aversão, que aquela relação infrutífera e catastrófica me causava e a dimensão incalculável do meu rancor... não deu! Então me apressei em dizer que nos perdemos. No filtro da memória. Em algum lugar do passado. Porque foi isso mesmo que aconteceu, certo? Eu só sei que antes, se me perguntassem de você, eu te difamaria te amaldiçoaria. Mas, não faz mais sentido, sabe? Acho mesmo que o avesso do amor é o ódio e não a indiferença. E hoje, eu já não me dou ao trabalho de contemporizar coisa alguma. Porque honestamente... Você não significa mais nada pra mim. Acho que tinha te colocado num pedestal tão alto, que super-homem algum teria alcançado. Então te desci. A cada peça de roupa dobrada, eu tentava ininterruptamente, recordar todos os momentos bons que vivemos, as piadas, as risadas... Mas eu não achei a menor graça, sabe? E que bom. Pra nós dois. A gente tinha que evoluir algum dia. E evoluiu. Mas é esquisito. Porque eu realmente amei você. De um jeito que eu achei que era impossível deixar de amar. E do nosso jeito, vivemos tanta coisa boa... de lembrar. Vezenquando bate um saudosismo... Só que já foi. E é tão esquisito crescer. É tão vazio. E quando eu volto pra casa totalmente desapaixonada, é mais... Você levou embora o que eu tinha de mais bonito... em mim. E eu sinto falta, sabe? Da Stephanie romântica, irremediavelmente romântica. Aquela que fazia o que dava na telha e lutava com tudo que podia por quanto acreditava. Porque eu acho que os meus sentimentos queriam ser enlouquecidos como antes, mas a minha racionalidade impenetrável (e dolorosamente adquirida) me diz que eles nunca, nunca mais vão ser. Que Deus me surpreenda e me prove que eu estou enganada. Porque eu quero estar enganada.



"Como as pessoas te tratam é karma delas, como você reage - é o seu."

E eu sei que algumas coisas ainda levam tempo para acontecer. Paciência é virtude que eu tenho cultivado a todo amanhecer. E eu espero... Porque a fé e a força que trago em mim é maior que todos os ventos contrários. Ontem eu aprendi que não devemos nos contentar com o pouco que somos e sabemos. E que burrice mesmo é reconhecer que sabe pouco e não buscar saber mais. A gente tá no mundo é pra ser melhor... Ninguém é vítima de nada nem de ninguém. Nada é eterno. Ninguém é eterno. E o que a gente leva quando morre é muito pouco. Eu só sei que levo comigo os sorrisos sinceros que recebi os sentimentos que cultivei e as lições que aprendi. Rancor e mágoa – não leva a nada. Eu sei. Mas ainda é cedo... Pra te perdoar, pra esquecer. 

♪ ♫ E de nada vai valer lamentar a dor. Nós temos que seguir em frente, a vida não parou. Vai ser difícil esquecer tudo que passou. Mas são as quedas que ensinam a cultivar o nosso amor. ♪ ♫

– Lindo né? 


E se eu te visse assim por dizer, por acaso (e hoje), acho que te diria todas essas coisas. But I know I'm not ready. Maybe tomorrow… [Mas eu ainda não estou pronta. Talvez amanhã...]

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