Times like these


"Não importa quantas moedas você joga na fonte, ou o número de dedos que você cruza, se não é pra ser, não vai ser.”

Às vezes a gente precisa se distanciar de tudo... E se embriagar de silêncios, para que o tempo nos traga a serenidade necessária para entender tudo aquilo que sentíamos e que se fossem externadas naquele momento, doeria mais do que qualquer coisa. E só agora, tanto tempo depois, que me sinto confortável para confessar que... Tentar cortar você da minha vida, foi uma das decisões mais difíceis e valentes que já tomei. Nunca foi por birra ou imaturidade. Eu só não suportava mais participar do jogo que ambos construímos e nos submetemos por tanto tempo. Nunca foi uma questão de viver algo vitalício... Mas algo de verdade. E doeu mais do que tudo, abrir mão do que eu mais queria, porque incríveis como éramos eu jamais aceitaria nada que fosse menos.  Eu só desisti de ser aquilo que sempre fomos, porque eu preferi a lembrança do que um dia tivemos, sem erro algum. Cansei de tentar adivinhar pensamentos, sentimentos. Cansei de mendigar o resto que me cabia. E principalmente, de tentar fingir ser a “a mais poderosa do universo”. Porque ninguém é. Nem você. E eu sei que lá atrás, você também me amou. Mesmo que esse amor tenha virado pó no filtro da memória. Sei também que você sequer conseguiu compreender que tudo o que fiz, fiz porque também te amava, mas me amava mais. Mas passou. E o que ficou, depois de tudo, foi um sentimento estranho de que me tornei melhor, mais inteira. Eu gosto da mulher que surgiu de toda aquela loucura. Gosto da valentia, das escolhas, das verdades, dos novos planos e até do gênio ruim. Eu gosto de mim... Porque a gente sempre carrega arrependimentos, se convencendo que se tivesse tomado atitudes diferentes teríamos acertado. Mas o fato é que acertamos... De um jeito ou de outro. E o que me transformou em quem sou hoje, foi a soma de todas as coisas que eu vivi (boas e ruins). E hoje me reconheço assim... Demasiadamente humana. Hoje eu já consigo ver a mulher que sonhei ser quando criança. Às vezes a gente só precisa daquela distância, para entender que “Tudo bem.” Às lembro você. Talvez com um pouco de mágoa outro tanto de saudade... Eu já nem sei dizer se sinto mais falta do pouco que tivemos ou do muito que sonhei pra nós. Talvez os dois. Esse vazio de você que nada nem ninguém preenche... Em outros tempos diria “Tomei raiva de você”. Mas nem foi raiva, vejo isso agora. É só tristeza mesmo. Mas passou. Um dia de cada vez. Cada coisa tem seu tempo. Deus se move de formas misteriosas e sempre tem razão no que faz... Ele sempre tem.



"Em tempos assim, você aprende a viver de novo..."

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