São caminhos, são escolhas.

Recordei o quão vulnerável fui e o quanto sofri com aquele término. Respirei fundo e ordenei ao meu coração que nunca mais deixasse de se blindar. Depois ri de tamanha arrogância. E é tão estúpido. Porque tem tanta gente boa nesse mundo, tanta gente por quem vale à pena... Mas o ser humano é mesmo visceral. E depois que a gente espeta o dedo numa rosa (quase que inconsciente) passamos a perceber somente os espinhos que ela carrega ao invés de notar a beleza que traz. A gente passa a massacrar sem critério, toda a ternura de qualquer outro tipo de flor. Acho que hoje, Véspera de Natal, eu só queria imensamente do meu jeito parco e rude, agradecer. Se Jesus Cristo recebeu a ingratidão depois de ter amado com tudo que pôde a humanidade (apesar de), como eu poderia me julgar não merecedora do mesmo? No fundo, o que realmente importa, é a paz que carregamos conosco no peito - e só. E eu sei que não posso esperar que o inverno perdoe um roseiral. Não posso pedir o 'Eterno' a um simples mortal. E eu não podia andar atirando aos porcos milhares de pérolas. A sabedoria e a serenidade me permitiram enxergar que CULPA sempre pode ser substituída por RESPONSABILIDADE. Somos culpados, quando erramos conscientes. Quando simplesmente optamos pelo mal, ciente das conseqüências. Ainda ontem me isentei de culpas e me tirei à alcunha de culpada. Hoje me reconheço responsável... Por tudo. Por cada escolha, cada erro, cada palavra dita e calada, cada sentimento sufocado e morto, cada lágrima, cada sorriso. Acho que no fundo eu só vim aqui, pra dizer pra mim, que, eu não desejo ser nunca uma pessoa bruta ou indócil, apesar de tantas vezes não escolher. Às vezes é tão mais fácil (falsamente) decidir não sentir coisa alguma. Às vezes é tão mais fácil definir o amor como um câncer que nos torna fracos e que deve ser eliminado da nossa vida pra sempre... (E é também covarde, infinitamente covarde. EU SEI!) Porque eu aprendi que se a gente quer amor, é amor que a gente deve oferecer (ainda que não receba um terço dele, de volta), não titubeio, receio, covardia, medo. Amadurecer significa se aceitar vulnerável... E ter coragem não é deixar de sentir medo (nem sempre a fraqueza que se sente, quer dizer que você não é forte), mas prosseguir, confiante (que vai valer a pena e que lá em cima, há um Deus infinitamente maior que nós, que nos rege, nos ilumina e nos guia, SEMPRE), APESAR DE.
Acho que vou começar a seguir meus conselhos. É, acho que vou sim! Rs :)

 

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