Eduardo e Mônica

“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? 

 A história do Eduardo e Mônica é uma das histórias de amor, mas lindas que eu conheço. E só é linda, porque é real, alcançável. Porque acontece com milhões de pessoas, em todos os lugares do mundo. Porque não existe isso de ser perfeito ou impossível. Existe o “Olha, é bem complicado, nós somos completamente diferentes, temos tudo pra dar errado e em comum só temos o amor que sentimos um pelo outro. E aí? Vamos juntos?” Pra começar, a Mônica é rica, faz medicina, fala alemão e tem uma moto. O Eduardo, coitado, naquela vida de cursinho pré vestibular, mal fala inglês e anda de bicicleta. A Mônica podia ter optado por um bonitão estudante de medicina, que gostasse das mesmas coisas que ela. O Eduardo podia ter gostado de uma adolescente que fosse tão infantilóide como ele. Mas não... Eles se escolherão. E o mais bacana disso tudo, é a metáfora que toda essa história traz nas entrelinhas. Ela podia ter desistido dele, ele poderia nem ter investido nela. Mas ele viu mais, ela foi além, do que qualquer outra pessoa poderia enxergar nos dois. Onde o resto do mundo veria dor de cabeça, corações partidos e diferenças grotescas, os dois, enxergarão o amor. A Mônica viu no Eduardo, o menino que cresceria e se tornaria o pai dos filhos dela. E ele, viu uma mulher extraordinária que encantava ele, só pelas milhões de coisas inteligentes que ela dizia e ele achava lindo (mesmo não entendendo coisa alguma). Relacionamentos a gente constrói dia após dia. E o amor da vida da gente, aparece pra todo mundo. É que ás vezes é tão mais fácil não reconhecer e seguir idealizando. O amor da sua vida pode ser aquele insuportável do vizinho que ouve rock no último volume, ou aquele colega de faculdade que tem uma risada estranha e é péssimo em português. O amor da sua vida pode ser aquela patricinha, que tem o sobrenome rosa choque. Ou aquela menina largada que anda de skate e fala palavrão. O amor chega! Mas sem aquele glamour de alma gêmea. Sem aquele clichê de felizes para sempre. Mesmo porque, a felicidade é o caminhar (e quando a gente se convence disso fica tudo tão mais fácil). Você percebe que você e o amor da sua vida, podem não ter nada em comum (além do fato de se amarem muito) e serem muito felizes juntos. Com ou sem borboletas no estômago, com ou sem noites de insônia, com ou sem declarações de amor, com ou sem vestido de noiva, com ou sem discussões diárias. Amor vem pra todo mundo e de diferentes formas. A pessoa que você ama te trará calmarias ou turbulências. Mas te fará feliz. Dividirá os sonhos e o chão. Te dará segurança, que com todos os milhões de defeitos que você tem e aquelas manias irritantes que você vai morrer tendo, ele continuará ali. Bem ali. Te amando... O amor é e sempre será o grande tema da vida da gente. E que a gente siga tendo coragem suficiente para nunca desistir de quem a gente ama e do amor que a gente sente. Que a gente siga com o coração aberto, à espera dos nossos Eduardos e Mônicas. E que principalmente, que a gente saiba reconhecê-los. Sem idealizações, sem perfeição... Que a gente nunca desperdice a chance única de dar amor e receber em troca.

E quem irá dizer que não existe razão?”


Um brinde à todos os Eduardos e Mônicas que tiveram coragem para viver essa coisa linda e louca, que é o amor.



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