I don't know how to be something you miss.

Lembro de alguém me perguntando há alguns anos atrás: "Mas você não vai lutar por ele? Vai deixar o homem da sua vida escapar?" Lembro do tormento que aquilo me causou e do mal estar de não saber qual atitude tomar. rs A gente quando é jovem, costuma ser tão boba. É tudo tão definitivo, tão "pra sempre". E foi só hoje que me dei conta, de quantas noites perdi à toa. De quantos anos da minha vida, dediquei sem um por que. Esses dias, uma amiga perguntou se eu achava que ela devia lutar pelo relacionamento dela (que estava por um fio). Lembro da surpresa dela, em ouvir minha resposta: "E lutar pelo que?! Eu acho que é válido lutar por você, pelo que você sente. Lutar sempre que for pra descobrir se aquela história é “a” história da sua vida. Sempre que você achar, que você sentir com cada pedacinho da sua alma que o caminho que você deve seguir é aquele mesmo (mesmo que pareça irracional [na maioria das vezes, é] mesmo que pareça tolo e que ninguém acredite nele) e que não existe outro. Ou até você se desiludir de uma vez. Mas você também precisa entender que se deve “deixar partir”, sempre que a resposta já tiver chegado negativa, imperativa (e às vezes, mais de uma vez). Sempre que o amor pelo outro superar o amor por si próprio. Sempre que a sua dignidade se perder, sempre que evaporar o respeito por nós mesmos. E principalmente, sempre que insistir tenha se transformado em perseguição. Porque no final das contas, não adianta mesmo, depositar tanta fé em histórias pequenas. O amor só faz bem, se for ao mesmo tempo, vivido por ambas as partes. Ninguém pode viver o amor da sua vida sozinho. Ainda que contenha em si, todos os sentimentos mais lindos do mundo. Ninguém. “A pessoa que você ama, ou acha que ama, e não quer estar com você, definitivamente, não é o grande amor da sua vida.” Eu disse pra ela, dizendo mesmo, pra mim. Porque eu confesso que vez em quando, me dá uma saudade irracional de você. Dá vontade de voltar atrás, de te ligar, te dizer mil coisas (que você já sabe de cor) e cair em seus braços, sem me importar com nada... Simplesmente me entregar. Sem sofrer pelas horas seguintes que você estará cumprindo seu papel de bom homem nos braços dela. Mas sabe? Hoje eu decido que não. Eu renuncio, eu me controlo e digo para mim mesma que não é assim, que não pode ser, que você se foi (porque você escolheu assim) e que você não volta (nem hoje, nem amanhã, nem nunca mais). Porque não adianta ficar criando expectativas, ilusões, fantasias em torno de algo que eu gostaria que fosse. Infelizmente o meu querer, não é o seu (e digo isso com toda petulância do mundo). E é tão mais fácil me convencer que você me ama também. De um jeito diferente, pela metade, mas que também me pertence. “Era” mais fácil. Não é mais. Ninguém pode passar o resto da vida, sucumbindo em contos de fadas. Eu não posso mais achar que amanhã ou depois, você vai bater na minha porta e dizer: “Ei, me perdoa pelo engano? Eu amo é você. Casa comigo?” rs É patético... Porque amor é tão diferente disso tudo que a gente vive. Amor é quando você sobe na árvore mais alta do sítio do seu avô e se joga... Sabendo que a pessoa, vai estar lá embaixo pra te segurar (mesmo que vocês dois se esborrachem e se machuquem feio. Porque aí vai ser vocês dois, juntos, entende?). Daí ele também se joga, sabendo que você vai segurar de volta. E eu acho que quando há essa entrega, sem medo, sem receios, a gente vive a história mais sensacional da nossa vida. Amor não mata. Amor não destrói. Amor é entrega, são sorrisos, é desejo, é paixão, é paz de espírito. O amor é mais do qualquer coisa que você tenha me dado. O amor é aquilo que você nunca me deu, porque nunca soube como. Ou soube e não quis. O que realmente faz sentido hoje, é que... Se você nunca me deu (quando éramos jovens e corajosos) hoje, amanhã ou depois, você também não dará. Fato! "Não é preciso aceitar para compreender, muito menos estar passivo para ser paciente." E só hoje, eu percebi. :’)    



"Que se possa sonhar, isso é o que conta. Com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe." (Caio F)

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