Férias, ou simplesmente desistências...

E ontem, eu desisti do que eu mais queria, daquilo que eu mais desejava. Meu coração palpitava de vontade, mas eu resisti; e desisti. E desistirei sempre que necessário. Sempre que eu estiver olhando fixo pro fundo do poço. E sabe... Depois do não, depois do fim, eu só desejo que Deus me dê forças e muita fé pra continuar. Não é fácil, não é simples, não é rápido e dói... Dói muito. E eu sei que não vale à pena, não compensa... Sempre haverão pessoas que não valerão à pena.

E esse meu peito que lateja e ainda assim não se cansa, não descansa?! E a gente vai musicando tudo que puder musicar. E a gente enfeita essas lágrimas pra Yemanjá levar. Canto pra lua, canto pro mar. E a mãe do mar há de sarar... Vai sarar. Deixa sangrar, deixa chover... Deixa chorar, deixa doer... Deixa sentir, deixa partir... Deixa? Eu deixo sim! :) Tem tanta gente interessante por ai querendo entrar. Deixa. Deixa entrar na vida no coração na cabeça. E de qualquer forma, mesmo que às cegas, às tontas, eu tenho feito tudo da forma em que eu acredito desse jeito meio desengonçado que eu sei fazer.

E então apague... Tudo aquilo que não valeu a pena, quem mentiu quem enganou seu coração, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, que te magoou, quem te usou... Apague todos, que nunca chegaram, a saber, quem realmente você é... Por puro descaso, desinteresse. Guarde de tudo, de todos, somente as cicatrizes... Elas vão te lembrar sempre, onde você esteve e onde você não deve estar nunca mais.

“Não importa quantas moedas você joga na fonte ou o número de dedos que você cruza. Se não é pra ser, não vai ser.”

E eu juro que não se trata de só de você... De todo amor que eu dei a você e você não soube cuidar. Não se trata do seu compromisso perpétuo com alguém que não sou eu. Trata-se de mim... Dos meus sentimentos... De tudo que eu fiz por você, porque eu quis, desafiando a mim mesma e todos os meus princípios. Eu pulei do abismo sem garantia alguma que você estaria lá embaixo pra me segurar. E mesmo espatifada, lá embaixo... Eu te perdoei, te aceitei mais uma vez, te acolhi no meu peito. E mais uma vez você se foi... Sem deixar vestígio, sem deixar endereço – pra eu poder te procurar. Você se foi, me obrigando a engarrafar a saudade, me embriagar de tristeza... Mas tudo bem... Bendizendo ela vira beleza.

E é por isso, Meu Caro, e somente por isso, que hoje eu não escrevo a você. Escrevo a mim... Ao meu coração canonizado. E a tudo aquilo que eu resolvi deixar pra trás... E eu te deixo pra trás.

Sem saudade, sem melancolia, sem dramas...

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