O tchau que sucede o adeus.

Sabe quando você ama alguém, e tem a certeza que ama sozinho? Quando você faz tudo por alguém, e se pega questionando a si mesmo, se aquela pessoa faria o mesmo por você? Pois é. É essa sensação de angústia, revolta, ódio, fraqueza, romantismo, carência, falta de amor-próprio, que acomete a alma da gente. Você sabe que tem que ir, mas não vai. Sabe que não vai ser feliz, mas fica. Sabe que precisa resgatar seu orgulho, e se ajoelha. A angústia invade, porque você sabe o que tem que fazer e não faz. A revolta, por ter a sensação de perna manca. De não conseguir caminhar até a porta da saída de emergência. O ódio de você mesmo, por se sentir pequeno diante do outro. A fraqueza de dizer Tchau, quando é preciso dizer Adeus. O romantismo de achar que tudo poderá mudar, se você esperar só mais um pouquinho. A carência de ter se acostumado com ombros tão largos, ao ponto de não desejar estar noutros. E a falta de amor-próprio, por doar tanto de si, a alguém que não está nem aí pra você. Parece cachias, mas é a pura verdade. E não adianta bancar o distante... Lá vem o amor nos dilacerar novamente. E quando você pensa que enfim está esquecendo o escroto, que está se acostumando, ele ressurge de forma inesperada, ocupando todos os espaços. E ele diz pra eu esquecê-lo, pra eu não sofrer e que ele vai embora pra nunca mais voltar. E no dia seguinte me aparece manhoso, perguntando se eu não posso ficar... Nem que seja um pouquinho. "As palavras sempre vão trair o que a gente REALMENTE sente." Porque as vezes é melhor fingir do que se mostrar.

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